domingo, 25 de setembro de 2011

O Que É O Amor Afinal?

   Amor é uma ilusão criada para que os pobres coitados tenham algo ao que se aferrar no seu leito de morte. Eu não venho duvidar da sua existência, mas basta dizer que, só se me derem a fórmula certa para encontrá-lo eu começarei a acreditar. Eu penso que a ideia que nós formamos do amor é que faz com que ele seja uma utopia. Não menciono obviamente o amor carnal, eu nem sei se existe tal coisa (é possível que não passe de desejo sexual intenso). Mas sim aquele platónico existente entre dois seres que supostamente se completam e dão a metade de si mesmos para formar um todo com o outro.
    E por vezes muito mais do que a metade. Às vezes esse pacto ilícito forjado com base na dependência e nos levando a agir com imprudência é o inicio do fim. 
    A morte é um termo aplicado talvez no fim da vida física, mais será que esse é realmente o momento de nossa morte?! Talvez nós morrêssemos no momento que olhamos no espelho e vemos aquele ser irreconhecível nos olhando de volta. Talvez a morte seja a perda da nossa identidade, quando agimos como se fossemos outra pessoa, um mísero fragmento, insignificante, daquilo que um dia fomos.

Não posso culpar o amor por todas as mágoas existentes em mim. Nem seria válido se o fizesse. O que digo é que: Tudo o que fazemos deve ser feito com moderação. A semi-vida vivida menos intensamente, talvez seja o caminho para encontrar um sentimento que seria o mais próximo ao amor ou a felicidade .  Pois se pressupõe que eles viriam juntos verdade?! . Devemos amar com moderação a todos menos a nós mesmos. Pois esse merece todo o amor, cada pequena gota dele. E se um dia, por uma simples desventura, defronte do espelho não reconhecermos o reflexo que está justo em nossa frente aí podemos ter a certeza: Que fizemos tudo errado. E que por isso devemos começar tudo do início, mais uma vez.

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